Hannibal, parte 3 - Série

E hoje finalmente volta o seriado Hannibal, e para comemorar essa volta, aqui está a última parte do especial Hannibal Lecter feito pela Paula Guacelli. 


Título: Hannibal
Criador: Bryan Fuller
Temporadas: 1
Episódios: 13
Elenco: Hugh Dancy, Mads Mikkelsen, Caroline Dhavernas, Laurence Fishburne
Estréia: 04 de abril de 2013

Finalmente chegamos ao seriado! 


         




A princípio, quando ouvi sobre a ideia de um seriado baseado nos livros de Hannibal, fiz um pré-julgamento bem pessimista, e achei que sairia uma série horrível. Felizmente eu estava enganada. Uma das minhas falhas foi não pesquisar sobre quem estava por trás deste projeto, pois depois que descobri que se tratava de uma série do Bryan Fuller percebi que seria maravilhosa.  Até porque existem dois fatores que fazem que a série seja tão boa: o produtor e o elenco.



Bryan é um desses produtores que andam na fina linha entre um gênio e um maluco completo. Começou como escritor para Star Trek: Deep Space Nine e Star Trek: Voyager, também escreveu para Heroes. Ele foi produtor de 'Dead Like Me', 'Pushing Daisies' e ‘Wonderfalls’(as duas primeiras são duas das minhas séries favoritas e só escuto boas críticas de Wonderfalls que já a coloquei na fila do SUS). O único problema que vejo com o fato de Bryan ser o produtor, é que as séries dele nunca duram muito, minha teoria é que o público americano em geral não consegue acompanhar e por isso a audiência diminui e levam os seriados ao cancelamento, Hannibal não foge a regra e foi uma tensão constante até sair a notícia de que teríamos uma segunda temporada.



O segundo fator que considero fundamental para o sucesso da série é o elenco fantástico. Hugh Dancy faz um Will Graham muito denso, é possível ver toda a dor pela qual o personagem passa. O dinamarquês Mads Mikkelsen consegue a proeza de se tornar um Dr. Lecter memorável, o que é um fato extraordinário já que ele ocupa um papel que foi imortalizado por Anthony Hopkins. Laurence Fishburne que fez um trabalho mediano em CSI ressurge com um Jack Crawford bem fiel aos livros no quesito personalidade. Também as excelentes Caroline Dhavernas e Lara Jean Chorostecki como, respectivamente, Dra. Alana Bloom e Freddie Lounds, que nos livros e filmes eram personagens masculinos (particularmente eu amei essa mudança, primeiro para deixar o cast mais dividido, e segundo porque Bryan sempre criou personagens femininas muito boas). Kacey Rohl como Abiggail Hobbs também não fica atrás, e, por favor, vamos falar de Gillian Anderson como a psicóloga de Hannibal, com uma atuação tão perfeita que mesmo em cinco minutos de cena é capaz de te deixar sem respirar. E todo o elenco de apoio também faz um trabalho ótimo, ninguém parece deslocado.



Outro ponto da série são os diálogos inteligentes, a trilha sonora que ajuda a formar o clima tenso, além da fotografia que constrói um cenário perfeito para a proposta da série. Porém o que a deixa tão boa também é o que a coloca em risco, sou da opinião que Hannibal deveria pertencer a um canal pago dos EUA, como Showtime ou HBO, pois o fato de ser tão explícita em alguns momentos pode não agradar o público mais conservador da rede aberta NBC, fiquei surpresa em diversos episódios ao perceber que deixaram ir ao ar cenas como a do Totem de corpos na praia.



Depois do final da primeira temporada a expectativa em relação a segunda temporada é completamente esperada, pelo que vi nos trailers a única coisa que me preocupa é o afastamento do cânone dos livros, mas tenho uma confiança excessiva que Bryan Fuller saberá conduzir bem as histórias. Se na 1ª os nomes dos episódios seguia um jantar francês, na segunda temos o nome de uma refeição japonesa, e isso já levantou a teoria de que a Lady Murasaki poderia aparecer (quem conhece Hannibal Rising sabe da importância dela na vida do nosso querido psicopata). É isso, agora é aguardar e comemorar o carnaval ao lado do nosso Canibal favorito.


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