O homem duplicado


Título original: Enemy
Direção: Denis Villeneuve
Roteiro: Javier Gullón (Baseado em O homem duplicado de José Saramago)
Elenco: Jake Gyllenhaal, Mélanie Laurent, Isabella Rossellini, Sarah Gadon
País: Canada/Espanha
Ano: 2013
Duração: 90 minutos

Passei o filme inteiro com uma interrogação gigante na minha testa e quando o filme acabou essa interrogação explodiu junto com a minha cabeça. Eu já vi alguns filmes estranhos mas este está de parabéns. 
Estou até agora tentando entender que p**** foi essa e ainda to com a imagem final do filme na minha cabeça nublando tudo.


Neste filme Jake Gyllenhaal, faz dois personagens, Adam, um professor de história e Anthony, um ator mequetrefe. Um dia o professor vê um filme e descobre que existe por aí, uma pessoa exatamente igual a ele e um pedaço do filme é sobre esta descoberta e seus desdobramentos onde os dois personagens tão iguais e diferentes, sentem uma inquietação e uma oportunidade.


Este filme seriamente criou uma ruga na minha testa, pois o tempo inteiro eu pensava onde esse jogo de quem caça quem ia dar e a coisa foi piorando e ficando mais doida e confusa , o quê poderia ser ruim e em certos momentos você tem vontade de mandar tudo para o inferno e ir assistir desenho animado, mas no fim descobre que está tão preso ao filme que precisa ir até o final e além.


As cenas parecem uma grande colcha de retalhos psicodélica e mesmo ligando todos os retalhos tudo continua muito WTF?!
Eu sinceramente gostei muito das imagens da cidade de Toronto, a cidade parecia que ficava estranha e distorcida conforme o filme foi evoluindo.  
Mas eu adoro esses filmes que me deixam indignada a procura por respostas, ele me faz continuar nele, mesmo após o final do filme, me pego pensando nele em qualquer momento que eu não tenha nada para fazer e preciso preencher minha mente.


E outro destaque é a interpretação do meu queridinho Jake Gyllenhaal. É notável o quanto os dois personagens idênticos são diferentes, deu pra notar um cuidado com detalhes muito interessante, era fácil perceber quem era Adam e quem era Anthony sem esforço.
No meio de gêmeos(?) idênticos, sociedades(?) secretas, loiras e aranhas(?), no fim recomendo o filme mesmo correndo o risco de levar xingo, não é um filme pra qualquer cabeça. 
Se você gosta de um filme surreal, com um estilo diferente, vá em frente.
E é inspirado numa obra de José Saramago que eu nunca li mas irei procurar, quem sabe me ilumina um pouco a cabeça. 

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