The Fall

Estou de volta depois de um período de férias, aproveitei a Copa do mundo e mais alguns dias sem precisar me preocupar com absolutamente nada. Mas agora chega de férias, inclusive para este blog. Tenho muitos posts na fila então com certeza voltaremos a ter movimento aqui. 

Começarei falando sobre a série The Fall, da BBC, com a Gillian Anderson e o Jamie Dornan. 

Título: The Fall
Roteiro: Allan Cubitt
Diretor: Jakob Verbruggen
Elenco: Gillian Anderson, Jamie Dornan, Laura Donnelly, Bronagh Waugh.
País: Reino Unido ( Irlanda do Norte)
Temporada: 1
Episódios: 5

A princípio parece mais uma série policial sobre O investigador vs. O serial killer mas em pouco tempo, percebemos que é muito mais do que isso. A primeira grande diferença da série ao meu ver, é a abordagem com o tema, mostrando o cotidiano dos principais envolvidos, e quando digo cotidiano não estou falando que mostra por cima de forma superficial, eles realmente mostram detalhes que ficam de fora na maioria das tramas. Achei muito interessante o cuidado com os detalhes que a maioria das pessoas deixam passar. 

A outra diferença são os protagonistas que tem dois lados claramente, como a maioria das pessoas, novamente a série tentando deixar tudo muito próximo, como se estivéssemos acompanhando um caso real mesmo de perto e não assistindo um programa de tv.  O lado ruim de um e o bom de outro pode ser mais acentuado, considerando que um mata mulheres de forma covarde e a outra é uma profissional muito competente, mas o outro lado de cada um deles tem seu destaque e nos faz pensar bastante, como o certo distanciamento emocional que a Stella procura ter na sua vida pessoal e o cuidado que Paul tem com sua família. 

Sendo mais específica, irei falar primeiramente da investigadora, que é interpretada pela Gillian Anderson, que só para variar, arrasa em cada cena, como a detetive Stella Gibson, praticamente a personificação do pesadelo de todos os machistas desesperados de plantão. 

A mulher é forte, independente, usa homens sem a menor vergonha, é pratica, fria e poderosa. E chuta a cara dos misóginos que surgem no seu caminho e olha que não são poucos. 

Do outro lado temos o Jamie Dornan, agora mundialmente conhecido como o Mr. Grey de 50 tons de cinza, fazendo o papel do perturbado serial killer de mulheres, psicólogo e pai de família. Jamie desempenha o seu papel muito bem, por que é impossível não terminar a temporada com um extremo asco dele, digo do personagem, que em boa parte dos episódios mostra dois lados que nos fazem pensar sobre o que levaria ele a matar as mulheres, por quê talvez ele nem seja tão ruim assim, mas no final percebemos que a máscara cai de vez e que ele não tem o menor problema em magoar e destruir a vida de seja lá quem for, o quê importa é que ele saia ileso, no fim das contas um psicopata sádico. 

Mas como todo bom serial killer, ele tem uma grande ego também,o quê faz procurar pela polícia, principalmente por Stella que devo ser a ideia de vítima perfeita para ele e as poucas cenas entre ele e a investigadora, são de tirar o fôlego. 

"Você tenta dignificar o que faz, mas é só misoginia. 

A velha violência masculina contra mulheres."

A série pode ser considerada lenta em alguns momentos, mas eu não sinto que isso chegue a atrapalhar por que toda a mensagem, roteiro e atuações compensam esse fato. A série aborda muitas questões de gênero por todos os episódios, e eu gosto bastante deste lado, pois nunca é demais uma reflexão sobre o assunto. O serial killer escolhe mulheres independentes, bem sucedidas, fortes, aquele tipo de mulher que o homem machista não aceita, mas por quê não, estamos em 2014, não? 

E se ficou interessado pela série, aqui está o trailer da segunda temporada. até onde eu vi, ainda sem data para estrear. Deve ir ao ar entre setembro e novembro.